🔓LuxHNWI Magazine: Maio de 2025 - Eventos Maio
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MET GALA 2025
“Superfine: Tailoring Black Style”
A noite de segunda-feira, 5 de maio de 2025, marcou um dos grandes espetáculos anuais da alta costura e da cultura pop: o Met Gala voltou a consagrar Nova Iorque como capital global da moda. Realizado no Metropolitan Museum of Art, o evento não apenas angariou recordes de arrecadação — US$ 31 milhões para o Costume Institute — mas também se firmou como a vitrine máxima para discussões de identidade, arte e história por meio do vestuário.
A mostra explora a estética e a influência dos dândis negros na diáspora atlântica desde o século XVIII até o presente, desdobrando-se em doze seções que destacam elementos como Propriedade (Ownership), Presença (Presence), Disfarce (Disguise), Liberdade (Freedom) e Cosmopolitismo (Cosmopolitanism). Cada um desses temas reflete não só técnicas de alfaiataria mas também lutas e afirmações de identidade de pessoas negras em diferentes contextos históricos e geográficos.
ANNA WINTOUR & DAPPER DAN
Inspirado pelo livro Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling of Black Diasporic Identity (2009), de Miller, o Met Gala 2025 convidou celebridades e designers a reinterpretarem a arte do tailleur masculino — terno, colete e gravata — sob a ótica do “dândi negro”. É a primeira vez desde 2003 que o baile foca quase exclusivamente em menswear, instigando criações que vão de chapéus de abas largas a silhuetas arquitetônicas, sempre atravessadas por referências à resistência, à elegância e ao poder narrativo do estilo.
O resultado foi um tapete vermelho repleto de cortes impecáveis, cores sóbrias e toques de ancestralidade.
Doechii, Lisa, Sabrina Carpenter, Pharrell Williams e Zendaya usaram Louis Vuitton.Demi Moore, Angel Reese, Zoe Saldaña, Lorde, Janelle Monae e Anok Yai vestiram Thom Browne.Marc Jacobs com Rihanna, Doja Cat e Tracee Ellis Ross e Miu Miu representada por Joey King, Sydney Sweeney e Gigi Hadid.
Lux em CANNES FILM FESTIVAL 2025
Desde a sua fundação, em 1946, o Festival de Cannes afirma-se como o mais prestigioso palco do cinema mundial. Ali, premiações como a Palma d’Or transformaram carreiras e lançaram tendências — tanto no setor audiovisual quanto no universo da moda e do Luxo. A cada maio, a pequena cidade se converte em palco para estrelas e grandes Maisons, equacionando arte, poder e polêmicas que vão do #MeToo nas escadarias do Palais des Festivals às discussões sobre igualdade de gênero. Em 2025, relembra-se esse legado histórico, a importância de Cannes para a indústria cinematográfica — primeiro termômetro dos Oscar — e as controvérsias que moldam sua reputação.
No plano artístico, o festival emancipou o cinema de autor, impulsionando diretores como Truffaut, Fellini e Wong Kar-wai.
Além de vitrines cinematográficas, Cannes é um motor de negócios de alto padrão. Em 2024, o festival gerou €205 milhões de impacto econômico direto, mobilizando mais de 200 mil profissionais e 4 mil jornalistas. A Riviera Francesa registrou em média, durante o festival:
Charters de superiates: Mais de 4.000 embarcações ocuparam a Baía de Cannes, com diárias que ultrapassam US$ 3.000.000,00 nos principais iates de Luxo.
Locação de imóveis de alto padrão: Villas e coberturas registraram taxas de ocupação acima de 95% durante o festival.
Restaurantes e hotéis estrelados: Taxa média de ocupação hoteleira girou em torno de 98%, com diárias de € 2.000 em palacetes históricos.
Historicamente, a fashion week de Cannes é quase tão comercial quanto a de Paris: desfiles e festas geram contratos de mídia e impulsionam vendas em joalherias e Maisons de alta costura, reforçando a aliança entre cinema e Luxo.
Diálogos entre o Festival e o Público
Festival:“Visamos preservar a experiência cinematográfica: nudez e vestidos volumosos que bloqueiem a visão estão proibidos.”
Público Contrário:
“Logo na França? O país do topless!”
“É um festival de arte. Impedir a nudez é retroceder ao conservadorismo.”
“Todas irão de terninho… Cadê a ousadia?”
Público a Favor:
“É cinema, não desfile de corpos.”
“Proibir nudez tudo bem, mas vestidos muito volumosos é exagero.”
“Há espaço criativo entre elegância e exposição.”
“Zendaya não precisa se despir para sempre ser a mais bem vestida.”
Esse embate reflete a eterna tensão entre liberdade de expressão e decoro em um evento que, acima de tudo, celebra o poder da imagem — na tela e no tapete vermelho.








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